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G1: reportagem Penitenciária Feminina de Pirajuí

Detentas no interior de SP buscam nova chance para voltar à sociedade: 'Não somos impedidas de sonhar'

Mãe e filha cumprem pena juntas na penitenciária de Pirajuí, onde estudam e trabalham; oportunidades são oferecidas para todas as detentas.

Por Marília Moraes, G1 Bauru e Marília


Em um ambiente de segurança máxima, muros altos, grades e cercas elétricas a esperança, os sonhos e a delicadeza se misturam. Na Penitenciária Feminina de Pirajuí a rotina que envolve trabalho, artesanato e a convivência com um passado manchado pelo crime é uma realidade em comum entre todas as presidiárias.

Ser mulher em um ambiente de restrição da liberdade tem alguns detalhes que não passam despercebidos. No local, que abriga 830 detentas, atividades como cursos de artesanato, conclusão do ensino fundamental e médio e faculdade são oferecidas para reinseri-las socialmente.

De acordo com a Diretora Técnica da prisão, Graziella Costa, o humanização é a chave para manter a fluidez da unidade.

“Acredito na ressocialização e no tratamento humanizado para que o regime possa ser cumprido. Buscamos manter um ambiente agradável mesmo sendo uma penitenciária”, afirma.

O G1 esteve na unidade que, tem 70 detentas universitárias. Elas cursam gestão de processo através de ensino a distância oferecido por uma faculdade da região. A ideia, inclusive, foi sugerida pelas próprias detentas.

“A ideia tem dado certo e funciona como uma escola. Um pavilhão estuda pela manhã, outro no período da noite. Elas ficaram entusiasmadas e sugeriram poder estudar. Fazem provas, são avaliadas nas atividades, é uma faculdade mesmo”, explica a diretora.

"Quero esquecer o mundo do crime"​​​​​​​
Condenada a 19 anos em 2010 por homicídio, Luciana de Souza Javarezzi está na penitenciária de Pirajuí desde 2013.

Uma maquiagem especial foi escolhida para receber a equipe de reportagem do G1. "Eu mesma fiz. Cursei maquiagem aqui dentro [da cadeia]. Recebo produtos da minha família e também compro por meio do site que nos disponibilizam. Adoro me maquiar.", conta.

"Nenhuma cadeia me aceitava. Aqui, Deus agiu e fui acolhida. Hoje sou outra pessoa, a antiga Luciana está morta", comenta.

Mãe e parceira de cela​​​​​​​
Na penitenciária, mãe e filha cumprem pena juntas pelo crime por participarem de uma organização criminosa. Maisa Prando, de 27 anos, foi condenada a 25 anos de prisão em 2010. Já a mãe, Eliane Cristina de 46 anos, foi condenada a 24. As duas não quiseram dar detalhes do crime. 

>>Leia a reportagem completa na íntegra: 

https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2020/03/08/detentas-no-interior-de-sp-buscam-nova-chance-para-voltar-a-sociedade-nao-somos-impedidas-de-sonhar.ghtml
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